terça-feira, 29 de novembro de 2011

Praia da Fazenda


Fica localizada a 36km do centro de Ubatuba, e seu acesso é feito por via secundária que parte da BR 101. É uma praia de areia compacta e mar calmo, que está localizada entre o rio, o manguezal e a vegetação de restinga. É na Praia da Fazenda que se encontra o núcleo administrativo do Parque Estadual da Serra do Mar. No centro de visitantes há exposições, museu e saídas para várias trilhas com acompanhamento de monitores, entre elas: trilha do Picadão da Barra, trilha de bote pelo Mangue,  trilha da Brava da Almada e a trilha do Jatobá. Por estar localizada em área de proteção ambiental, não existe nenhum tipo de comércio. Para passar o dia nesta praia é recomendável levar lanches, bebidas, repelente de insetos, etc. Também não há hospedagens por lá e o acampamento só é permitido no único camping da região. A sede do núcleo dispõe de estacionamento com duchas, a alguns metros da praia.No Sertão da Fazenda, também é possivel visitar a Casa da Farinha, cuja importância histórica deve-se ao Sr. Firmino Joaquim Ferreira Veiga que, em 1885, comprou as terras e construiu um engenho de cana e um moinho de fubá com refinado maquinário importado da Inglaterra criando uma colônia de 45 famílias italianas. Hoje, abriga os caiçaras que recebem os turistas aos quais vendem farinha caseira, antes confeccionada no engenho.


Por: Cristiane Mori

Picadão da Barra

Sucessão secundária

Essa trilha ocorre no manguezal que se forma pelo encontro do Rio Fazenda com o mar na praia da Fazenda. Entramos em um local aberto, com vegetação em  sucessão secundária, pois naquele ambiente foi retirada areia para a construção da rodovia Rio-Santos, assim,o lugar apresenta briófitas características dessa sucessão, pois o desmatamento ali foi feito a partir de queimadas. Apresenta lugares alagados pela falta de absorção do solo, nos ambientes alagados há espécimes característica como a "caxeta" muito usada para fazer caixas que carregavam mantimentos para os trabalhadores da rodovia, encontra-se também espécies de vegetação arbustiva, pois o campo aberto favoreceu essa proliferação, alguns pássaros como por exemplo as harpias, maritacas, joão-de-barro, garças. Quando a mata começa a fechar, continuamos na transição da restinga para o mangue, portanto o solo permanece arenoso, porém com pequenas regiões alagadas em estado de putrefação, com cheiro característico do manguezal, ali podemos observar o "pau-laranja", utilizado na fabricação de rolhas, medicamentos e outros utensílios, uma grande variedade de fungos no solo e nas árvores, observamos também a presença de relações ecológicas de algas e fungos, os líquens vermelhos que são bioindiadores da pureza do ar. Na transição existem alguns répteis como o teiú. Dentro da mata fechada mostramos a corrente do rio Fazenda, e o acúmulo de areia no local de restinga, ao observarmos as margens do rio vazante podemos ver as raízes aéreas e pneumatóforas do mangue. Nesse momento começa a região alagada característica do manguezal, então desvia-se o caminho para pegar um bote, que tem capacidade de levar 8 pessoas mais o remador, nesse caminho podemos observar a diferença das três espécies de mangue, o vermelho, o branco e o preto. Na foz rio fazenda nos dirigimos a praia onde finalizamos a atividade na praia.


Maria-Mulata, caranguejo característico do manguezal














Por: Maysa Toledo

Casa da Farinha e Jatobá




Casa da Farinha;
Fonte: http://ubatubense.blogspot.com/2009/03/casa-da-farinha.html 

Durante a outra parte da trilha, ao chegarmos à comunidade Quilombola, observamos a estrutura política da população, como por exemplo a associação entre os moradores e a escola de educação infantil. No caminho para a casa da Farinha, nosso destino, mostramos as características históricas do local: uma pedra segmentada por explosivos antigos, do período escravista entre outras. Também é destaque no local, uma Bromélia, epífita característica da caatinga que sobreviveu ao bioma da Mata Atlântica. Esse fato pode ser explicado pelas correntes das Ilhas Malvinas, que há aproximadamente 11.000 anos recolhem a umidade da região, dando à trilha de Picinguaba características do bioma caatinga, sendo a bromélia prova concreta desse ciclo que vem ocorrendo na região de Ubatuba.
jatobá na trilha do Núcleo Picinguaba
Jatobá;
Fonte: http://www.panoramio.com/photo/39977460 
Chegando à Casa da Farinha, que antigamente funcionava como um engenho de cana-de-açúcar, podemos observar que o engenho era movido a água, dando a ele a denominação de engenho real. Percebe-se também as telhas coxais utilizadas nas construções dos senhores do engenho, chamadas assim por serem moldadas nas coxas dos escravos. Durante a visitação à casa da Farinha, somos recebidos por um ancião que conta histórias e curiosidades do engenho.
Seguimos então ao Jatobá, uma árvore de grande porte que apresenta em sua casca um buraco enorme, feito por intervenção humana, que quase levou à morte do espécime. Após as considerações sobre a árvore, passamos à parte final da trilha, onde podem ser observadas espécies de anfíbios, répteis e alguns pequenos primatas.


Por: Dianne Cassiano

Quilombo do Cambury







Casa de pau-a-pique no Quilombo do Cambury
Escolinha Jambeiro


Essa trilha ocorre na estrada que leva a praia Brava do Cambury. Ao entramos na estrada que leva ao quilombo, explica-se a importância do parque estadual na vida desses quilombolas, como isso atingiu o cotidiano deles nos anos passados. A trilha começa e no decorrer dela, mostra-se espécimes características da mata atlântica, amora silvestre, samambaiassú, embaúba, palmito jussara, palmito de açaí, gelol, castanha, cipós, capim navalha, líquens vermelhos, entre outras, podemos observar também alguns répteis, como cobras de cipó que atravessam a estrada, há também harpias, maritacas, esquilos, gambás, "onças"(suçuarana), saguis, muitos insetos, alguns com muitas cores, outros camuflados, exúvias(muda de artrópode), opiliões, anfíbios, tiê-sangue, entre muitas outras espécies. No final da estrada entramos na comunidade quilombola, e observamos o modo de vida deles, tanto em relação a organização social como organização política, sendo a população quilombola agora reconhecida como povo. Durante o percurso vemos como se faz a farinha de mandioca artesanal, onde podemos adquirir este produto além de outros produtos artesanais feitos pela comunidade, observamos as casas de pau-a-pique, o centro de internet que eles possuem, como acontece o transporte escolar, as eleições, e outros cultos da comunidade. No final temos uma roda de conversa com o "presidente do quilombo" que fala sobre todos os problemas deste com o governo do país, pois o mesmo se localiza na divisa de dois parques - um estadual e outro federal - o que inviabiliza uma grande demanda de atitudes da comunidade em relação ao ambiente em que vivem, ele fala sobre a inauguração do parque, sobre as influências, e sobre vários outros problemas que foram consequência da existência da área preservada, como fome, êxodo, mortes, brigas políticas entre outros. Depois da conversa finaliza-se esta atividade seguindo até a praia de cambury, e depois pega-se um ônibus local que leva todos para a rodovia novamente.


Ancião do Quilombo

Por: Maysa Toledo

Flora da região de Ubatuba

Bromélia
O Parque Estadual da Serra do Mar está localizado no município de Ubatuba. Sua administração é feita a partir de um Núcleo Operacional situado no distrito de Picinguaba. A vegetação característica desse ecossistema é de Mata Atlântica, simbolizada por vegetação de planície litorânea com altíssimos índices de biodiversidade, manguezais e até campos de altitude. A Mata Atlântica compreende a região costeira do Brasil. Seu clima é equatorial ao norte e quente temperado sempre úmida ao sul, tem temperaturas médias elevadas durante o ano todo e não apenas no verão.
A alta pluviosidade nessa região deve-se à barreira que a serra constitui para os ventos que sopram do mar. Seu solo é pobre e a topografia é bastante acidentada. No interior da mata, devido a densidade da vegetação, a luz é reduzida. Na Mata Atlântica convivem lado a lado desde árvores grandiosas como o jequitibá, figueiras e guapuruvas e até líquens, musgos e minúsculas hepáticas. Existem muitas espécies de árvores com troncos duros e pesados e uma grande quantidade de cipós que se apoiam nas mesmas. Encontram-se no chão da mata uma grande quantidade de fungos, plantas saprófitas, sementes e plântulas. Destaca-se também a imensa quantidade de epífitas, plantas que crescem sobre outras, utilizando troncos e folhas como substrato de fixação, como é o caso de orquídeas e bromélias.


Jequitibá
Por: Carolina Ferracioli

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Observação de pássaros na região de Ubatuba

Na Inglaterra, por volta de 1740, um clérigo chamado Gilbert White, tinha como hobby observar a natureza e principalmente as aves, e trocar correspondências com especialistas em ciências naturais da época relatando suas observações. Mais tarde, em 1789, estes diários de observações foram publicados em uma obra intitulada “The Natural History and Antiquities of Selborne”, uma das primeiras obras a tratar sobre observação de pássaros (Watching birds). Hoje, a observaçao de pássaros é uma das atividades ligada ao ecoturismo que mais cresce no Brasil e consiste na visitação de ambientes naturais a procura de espécies que lá ocorrem realizando sua identificação através do canto e da sua aparência.Essa atividade, que exige paciência e atenção, tem como objetivo a correta identificação das aves ouvidas ou avistadas dentre outras centenas de espécies existentes no local

Além de desfrutar de uma beleza exuberante que engrandece nosso céu, quem pratica a observação de pássaros une atividade física com exercício intelectual que está ao alcance de todos. Boa parte dos 7% de Mata Atlântica restante encontram-se no Estado de São Paulo.Ubatuba, litoral Norte de São Paulo, é ocupada por mais de 90% do pouco que sobrou de Mata Atlântica, o que possibilita á essa região uma vasta riqueza ambiental.
É em Ubatuba que por ser onde se encontram 30% das aves brasileiras e 5% de toda avifauna do planeta, tem a fama de ser uma das melhores do mundo para a realização de observação de pássaros. O município abriga uma diversidade de aves equivalente a cerca de 10% das especeis que podem ser encontradas na America latina, totalizando cerca de 380 especies observáveis , sendo que 42 são endêmicas ,ou seja , é possível , somente encontra-las aqui.

O Dia Municipal de observação de pássaros , comemorado juntamente com o dia mundial foi instituído, em 2004, e 4 de outubro. Nesse dia ,também é comemorado o dia da ave símbolo de ubatuba, Tangara dançador, que exibe uma bela cor azul claro em seu corpo e um topete vermelho vivo, comtemplando as cores presentes em nossa bandeira.

Mapa de Observação de Pássaros em Ubatuba
Legenda:
141 - na BR101, inicio da estrada para Fazenda Santa Cruz
142 - ponte à esquerda, entre e converse com as pessoas. Torre de Observação.
145 - Saia da BR101 aqui para Corcovado e Folha Seca

146 - bifurcação à esquerda para Corcovado e à direita (estr. terra) para a Folha Seca
147 - Estrada de terra para a trilha do Corcovado
148 - Trilha do Corcovado, início da trilha na floresta; Trilha pela montanha inicia-se pouco antes do ponto 148, à esquerda pouco antes de um riacho
149 - no comércio, bifurcação à esquerda segue para a Folha Seca
150 - Folha Seca: quarry ainda em uso, siga para 151 (Provável avistamento da Calyptura Cristata)
151 - Folha Seca: quarry sem uso (marca local Bamboowren; Não encontrado, siga 161)
152 - Seguindo pela mesma estrada de terra (em trilha): Slaty Bristlefront, Scaled Antbird
153 - melhor local para Slaty Bristlefront, floresta aberta a noite 
154 - Anel viário de Ubatuba, na BR101
155 - na BR101, início da estrada para fazendas Capricórnio e Angelim
156 - escola perto da bifurcação: direita para Fazenda Capricórnio
157 - entrada (corrente) da Fazenda Capricórnio; Casa dos hummingbirdsé 70m a frente do lado direito (ande até lá e converse com as pessoas) (Iodopleura pipra com facilidade)
158 - a ultima casa da Fazenda Capricórnio, inicio da plantação de cacau
159 - inicio da estrada para a Fazenda Angelim
160 - portão da Fazenda Angelim; Ande e pergunte permissção para visitar 200m à frente (sem problemas)(Iodopleura pipra)
161 - bifurcação na trilha no ponto de avistamento da Fazenda Angelim: Visto Bamboowren 
163 - na BR101, início da estrada para Fazenda Rancho Pica-Pau
164 - saída a esquerda. Entre e converse com as pessoas. Torre de observação.

(Informações tiradas do site: www.ubatubabirds.com.br)
Tangará-dançador
(Chiroxiphia caudata)
Família Pipridae

Voam bem, mas usualmente não deixam a mata frondosa, alguns revelam-se verdadeiros acrobatas quando exibem-se nas cerimônias pré-nupciais; os movimentos tornam-se mais ligeiros nos machos, menores e mais leves na fêmea. Pegam formigas para friccioná-las nas asas e na base da cauda, utilizam as formigas na higiene da plumagem, esfregando os insetos vivos nas asas para gozar o efeito do ácido fórmico, atividade que é tratada como "formicar-se".
Mede 13 cm, adicionando-se mais 2 cm ao prolongamento das retrizes medianas. O macho é um azul celeste e cauda pretas tendo, no alto da cabeça, uma coroa vermelha brilhante. Na cauda, as duas penas centrais projetam-se além das outras. A fêmea é verde escura, reconhecida por um ligeiro prolongamento da cauda. Os machos imaturos são totalmente verde-oliva, mas alguns jovens podem ser distinguidos das fêmeas devido ao vermelho na fronte, que adquirem antes da troca de plumagem do restante do corpo.

Alimentação
Comem bagas, frutas, tiram pequenos pedaços. Apanham pequenos insetos, vermes e aranhas nas folhas.

Reprodução
No período de reprodução, os dançadores machos executam verdadeiras danças diante das fêmeas. Vários enfileiram-se num galho e exibem-se, um de cada vez, diante da fêmea. Depois de executarem o ritual, cada macho vai ao fim da fila e espera a sua vez para exibir-se novamente. A fêmea tem o seu próprio território ao redor do ninho. Constroem uma cestinha rala que é fixada a uma forquilha, muitas vezes por negros micélios de fungos, que podem prender o ninho como uma cortina, quebrando o seu contorno e mimetizando-o; utilizam teias de aranhas, em boa qualidade para colar o material da construção a qual muitas vezes está situada a uma altura relativamente grande, perto d'água e até sobre ela. Põe dois ovos, são de fundo pardacendo com desenho pardo-escuro. A incubação é executada com dedicação pela mãe, é de 18 dias e os filhotes abandonam o ninho em 20 dias, quando começam a se alimentar e a se defender sozinhos.

Manifestações sonoras
As suas manifestações sonoras cerimoniais é marcada com forte "drüwed". A musiquinha começa num "tiu-tiu", passa para um "trá-trá", com os tangarás voando, fazendo evoluções e pousando nos galhos um junto ao outro, depois que cada um termina a sua parte na dança, que costuma durar de quinze minutos a meia hora. Após a dança, ou antes dela, o macho às vezes persegue uma fêmea, emitindo uma série de "trrrrs".
A espécie dsipõe de um assobio de advertência: "dwüd", dwüod".


Helmt Sick, 1988. "Ornitologia Brasileira".
Marco Antonio de Andrade, 1997. "Aves Silvestres - Minas Gerais".

Por: Carolina Ferracioli

Fauna da região de Ubatuba

Fonte: Ubatuba Norte
Como já fora dito anteriormente, Ubatuba é um dos maiores acervos de biodiversidade da Mata Atlântica encontrados no Brasil, seja no quesito fauna, seja no quesito flora, tanto terrestre quanto aquática.
Quanto ao mundo animal, podem ser encontradas espécies endêmicas e não endêmicas na região. Entre os quais, há uma grande quantidade de aves (endêmicas), como o tiê sangue, o sanhaço roxo e a saíra de sete cores.




Porém, infelizmente, a grande maioria dos indivíduos está ameaçada de extinção, dentre os quais, podemos encontrar a onça-pintada, suçuarana (nome popular da onça-parda), jaguatirica, macaco-prego, tamanduá, tucano, caranguejos, ariranha, sabiá-cica, entre outros; também ameaçados de extinção em outras localidades, já que atualmente, a Mata Atlântica tem apenas de 5% a 7% da sua extensão – ao longo do litoral brasileiro.


Uma das razões para essa grande diversidade é o clima e as temperaturas elevadas durante quase o ano todo, que auxiliam na reprodução e do desenvolvimento de anfíbios e répteis (animais ectotérmicos, isto é, não mantêm a temperatura do corpo constante), na migração de aves (que procuram locais quentes para reproduzir, desovar e “fugir” do frio) e também na a reprodução de mamíferos, tais como baleias, golfinhos, lontras, que procuram águas quentes e calmas para perpetuar sua espécie.


Por: Tamara Verotti

Características gerais do bioma Mata Atlântica

Mapa: Uol Educação
Antigo mapa da Mata Atlântica;
Fonte: Uol Educação
A Mata Atlântica, que antigamente percorria todo o litoral brasileiro, caracteriza-se como a segunda maior floresta tropical úmida do país. Atualmente ela apresenta somente 5% da sua vegetação original. Seu clima é equatorial ao norte e quente e temperado/úmido ao sul. Com temperaturas médias elevadas durante o ano todo e não apenas no verão. A alta pluviosidade nessa região deve-se à barreira que a serra constitui para os ventos que sopram do mar. Seu solo é pobre e a topografia é bastante acidentada. No interior da mata, devido a densidade da vegetação, a luz é reduzida.
As condições físicas na floresta atlântica variam muito, dependendo do local estudado, assim, apesar da região estar submetida a um clima geral, há microclimas muitos diversos e que variam de cima para baixo nos diversos estratos. Os teores de oxigênio, luz, umidade e temperatura são bem diferentes dependendo da camada considerada.

Serra do Mar
Quanto à biodiversidade, o bioma apresenta uma fauna com várias espécies, muitas delas ameaçadas de extinção: já foram encontradas cerca de 260 espécies de mamíferos, 620 de aves, e 260 de anfíbios, além de muitos répteis e insetos. Ela abriga 383 dos 633 animais ameaçados de extinção no Brasil.
A vegetação da Mata Atlântica é dividida em estratos para facilitar a classificação e o estudo dos pesquisadores. O estrato superior caracteriza-se pelas árvores altas que recebem grande parte da luz do sol. São exemplos desse estrato, que também pode ser chamado de dossel, o manacá-da-serra e o guapuruvú. O estrato arbustivo, logo abaixo do dossel, reúne espécies sobre a sombra das árvores mais altas, como a jabuticabeira e o ipê. Por último, o estrato mais baixo, chamado de herbáceo, formado por plantas pequenas que vivem próximas ao solo, reúnem espécies como as ervas, gramíneas e musgos.


Por: Dianne Cassiano

Conheça Ubatuba

Portal de Ubatuba

Localizada no litoral norte paulista, é uma cidade que oferece diversão, cultura, entretenimento e beleza natural, para diversas faixas etárias, desde crianças até idosos. Os passeios são dos mais diversos, como a visitação do aquário de Ubatuba, o Núcleo Picinguaba de pesquisa, o Projeto Tamar, inúmeras cachoeiras, praias e ilhas, ao longo dos seus quase 100 km de costa e também as trilhas no meio da Mata Atlântica, estas com um “Q” especial: um visual de tirar o fôlego.
Atualmente, Ubatuba é uma das regiões litorâneas com uma das maiores concentrações de Mata Atlântica brasileira, que se debruçam sobre o mar e emolduram um dos mais belos cenários atlânticos. Reduto de diversas espécies de fauna e de flora, nativas ou migradas de outras localidades, Ubatuba, sem dúvidas, é uma experiência natural.
Quanto à hidrografia, a mesma é muito rica e densa, com presença de inúmeras cachoeiras e rios. Em relação ao clima: tropical úmido, com bastante intensidade de ventos e uma temperatura média acima de 20ºC.



Como chegar em Ubatuba?
Para quem sai de São Paulo – capital, a distância é de aproximadamente 230 km. Segue-se pela BR-116, conhecida como Dutra até Taubaté. A partir daí é só seguir a rodovia SP-125, conhecida como Oswaldo Cruz, que termina em Ubatuba.
Para quem sai do Rio de Janeiro, pode seguir a BR-101 ou fazer o mesmo caminho de quem sai de São Paulo.










Por: Tamara Verotti

Núcleo Picinguaba

Com este projeto temos a intenção de apresentar o Núcleo Picinguaba para os idosos, sob o ponto de vista biológico, mas também histórico e cultural. Mostraremos o ecossistema da Mata Atlântica, a fauna, a flora, suas praias e trilhas. As trilhas que serão apresentadas neste blog possuem nível de dificuldade baixo, de fácil acesso para os idosos que têm interesse em praticar atividades físicas e conhecer um pouco mais da biodiversidade da Mata Atlântica. As trilhas, passeios de bote e outras programações oferecidas, especialmente para grupos organizados, devem ser agendados.













O Parque Estadual da Serra do Mar foi criado em 1977, e compreende a área que vai da divisa com o estado do Rio de Janeiro até o sul do estado, na cidade de Itariri, e é a maior área contínua de Mata Atlântica  preservada no Brasil. Possui 315.390 hectares, dedicados à preservação, educação ambiental, cultura local e a pesquisa científica. Foi dividido em 8 núcleos administrativos, que são áreas de conservação:
1)Caraguatatuba
2)Cubatão
3)Núcleo Curucutu
4)Núcleo Cunha-Indaiá
5)Núcleo Picinguaba
6)Núcleo Santa Virgínia
7)São Bernardo do Campo
8)São Sebastião

Núcleo Picinguaba
O Núcleo Picinguaba está localizado no município de Ubatuba, abrangendo uma área de aproximadamente 47.500 hectares. Possui ecossistemas representativos da Mata Atlântica, com altíssimos índices de biodiversidade. Possui pontos culminantes que atingem até 1670m  (Pedra do Espelho), e é o único trecho do Parque que atinge o nível do mar. Assim, os ecossistemas costeiros são protegidos, além de cinco praias e duas vilas, que são alguns dos últimos redutos caiçaras do litoral norte. É também uma sobreposição do Parque Estadual da Serra do Mar com o Parque Nacional da Serra da Bocaina.

Por: Cristiane Mori

domingo, 27 de novembro de 2011

RESUMO DO ARTIGO - ¿CÓMO ENSEÑAR CIENCIAS? PRINCIPALES TENDENCIAS Y PROPUESTAS

A forma de ensinar ciências (didática) tem apresentado diversas dificuldades nos últimos anos, entre elas podemos citar o alto nível de exigência formal nos conteúdos, a influência dos conhecimentos prévios e as concepções do aluno, situações que dificultam um ensinamento correto e até mesmo sua dinâmica, porque muitos alunos acreditam que, para saber algum determinado assunto, devem “saber a fórmula” ou decorar um conceito. Hoje, esse tipo de concepção surge como um obstáculo na apreensão e no entendimento do assunto em questão.
Ao mesmo tempo em que a utilização de conhecimentos prévios, por exemplo, não é de todo errônea, pelo contrário, em muitos casos elas auxiliam os alunos na análise de problemas científicos, isto é, aplicando tais problemas no seu cotidiano.
Frente a isso, foram feitas investigações pelos autores desse artigo e relatadas algumas situações:
* Os alunos que estão aprendendo ciências apresentam limitações na compreensão de assuntos, isto é, nem sempre são capazes de entender o que lhes foi ensinado. Dessa forma, se nem eles são conscientes que estão mantendo concepções, conteúdos, conceitos errados como que os professores poderão ensiná-los?
* Frente a essa dúvida, nota-se que o erro pode (e deve, em muitos casos) estar relacionado ao professor, ou seja, as estratégias “clássicas” de aprendizagem podem ser ineficazes ou até mesmo falidas. A aprendizagem pela transmissão é uma dessas “estratégias clássicas”, no qual, é baseada em conceitos absurdos como: ensinar é uma tarefa fácil e se reduz a uma simples transmissão de conhecimento e que se, de alguma maneira, o aluno não foi feliz no seu aprendizado a culpa é dele, pela sua falta de capacidade, de esforço.
Hoje, esse tipo de didática é completamente criticada e combatida pelos profissionais da área educacional. Uma vez descartada essa “didática” (se é que pode ser chamada assim), pode-se analisar as teorias e os processos de ensinamento/aprendizagem a partir de outro foco.
As teorias sobre o “ensinar ciências” são diversas entre as quais, comentarei sobre algumas delas:
Aprendizagem pelo descobrimento: é fundamentada em Piaget. Enfatiza a participação efetiva do aluno na aprendizagem e na aplicação dos processos da ciência. Dessa forma, o aluno seria capaz de criar uma situação-problema e de resolvê-la, criando um maior interesse e motivação no assunto. Porém, esse tipo de aprendizagem apresenta limitações. Há uma atenção escassa aos conteúdos concretos que o aluno deve aprender, ou seja, deixa a teoria como um assunto secundário. Caso o aluno tenha um conhecimento prévio errôneo sobre um determinado assunto, ele reforça essa idéia. Muitas hipóteses formuladas são baseadas apenas na observação, sendo exclusivamente indutivas. Esse tipo de aprendizagem é uma das mais comentadas pelos professores, isto é, quando citam que as atividades práticas estimulam os alunos, que eles preferem colocar “a mão na massa”, etc.
Aprendizagem baseada em construção/resolução de problemas: no ensino superior, esse tipo de aprendizagem é a mais comum. Os universitários ganham uma maior autonomia e aprendem a se “virar sozinho” com uma maior frequência (mesmo tendo a orientação de um professor), conseguindo, dessa forma, uma aprendizagem mais significativa e auto-suficiente. Portanto, o aluno fica mais motivado – conforme for o seu grau de interesse, maiores podem ser os seus resultados, E, além disso, esse exercício de criar/resolver um problema é muito aplicável na vida dos estudantes, porque, com certeza, essa problematização, será utilizada pelos mesmos quando forem exercer suas profissões.
Ao mesmo tempo, esse tipo de aprendizagem exige uma maior atenção dos professores, porque mesmo os alunos estando mais independentes (na pesquisa em si), necessitam de um direcionamento e quem faz isso é o próprio professor. Consequentemente, se o mesmo não direcionar de forma adequada o seu orientado, todo o trabalho pode ser inútil.
Aprendizagem construtivista: a aprendizagem seria baseada numa “mudança conceitual”, no qual, os alunos constroem uma concepção do mundo, cercados de uma concepção científica. Nesse tipo de aprendizagem alunos e professores trabalham juntos. Enquanto os professores animam seus alunos a expressarem suas idéias e seus ideais, os alunos responderiam à altura, explicitando seus pensamentos nos debates, seriam críticos e conscientes no que argumentam, apoiariam um tema e o defenderiam, entre outros..

Em relação à aprendizagem em ciências, um dos maiores problemas está no grande abismo que existe entre as situações de ensinamento/aprendizagem e a maneira em que se constrói o conhecimento científico. Para tentar resolver esse tipo de problema, foram criadas estratégias:
1. Criação de situações problema;
2. Os alunos teriam q eu trabalhar em grupo e juntos, tentar resolver os problemas criados;
3. Os problemas seriam construídos a partir de uma orientação científica, com a criação de hipóteses;
4. Elaboração de estratégias e possíveis soluções;
5. Comparação dos resultados com os outros grupos de alunos;
6. Os novos conhecimentos adquiridos seriam aprofundados e nessa hora é o período mais indicado para ocorrer às relações mais explícitas com a ciência, a tecnologia e a sociedade;
Hoje em dia, o tipo de aprendizagem mais utilizado pelos professores da área de ciências é a construtivista (que segundo alguns autores), tem-se mostrado uma teoria coerente e fundamentada, todavia, não pode ser considerada um paradigma dominante e único, que acaba excluindo as demais teorias. Não é porque ela é a mais bem aceita que está isenta de problemas, pelo contrário, na sua aplicação prática são encontradas as maiores dificuldades, dentre as quais, as a capacidade de investigação dos alunos.
Somado a tudo que foi dito anteriormente, ainda há o ensino de ciências segundo a teoria Cognitiva e Metacognitiva. Para muitos autores (Linda Barker, Carter e Simpson, Resnick, etc) o desenvolvimento dos alunos na área das ciências, ocorre através da capacidade de observação, classificação, medição, descrição, elaboração de modelos, levantamento de hipóteses obtenção de conclusões, entre outras. Situações que estão ligadas, paralelamente, à metacognição. Porém, há uma grande escassez na produção de idéias e métodos de aprendizagem baseados nesse método, mesmo que já se saiba a sua importância na educação das crianças.
Contudo, não basta só estar atento às teorias e ao método para uma aprendizagem satisfatória. Uma das ações mais importantes no processo ensino/aprendizagem, é a montagem de uma aula, seja ela teórica, seja ela prática. Sua primeira “obrigatoriedade” é: a aula deve ser clara e explicita. Para isso, os professores precisam separar os conteúdos, organiza-los e seqüência-los de maneira coesa, ou seja, deve haver uma seqüência de análise científica, didática, uma seleção de objetivos e estratégias. E principalmente, se uma dada forma de preparação de aula não funcionar, o professor tem que estar aberto à mudança: deve tentar, de alguma forma, melhorar a preparação da sua aula.
Percebe-se então que, para uma boa aprendizagem, necessita-se de um bom ensinamento. E ambos caminham de mãos dadas e são dependentes um do outro. Porém, para poder conquistar um método de ensino, faz-se necessário tempo. Tempo para achar uma teoria adequada, para colocá-la em prática, para ver a aceitação dos professores e alunos. E tempo para se, ela estiver errada, que possa ser substituída por outra, que passará pelo mesmo processo de “aceitação”.

Por: Tamara do Prado Verotti